O Intercâmbio Bahia – oyo já começou. Em junho de 2013, uma
comitiva da Casa de Oxumarê, liderada pelo Babalorixá Sivanilton Encarnação da
Mata (foto), foi a Oyo, com o objetivo de estabelecer contato com S.M.I. Alaafin Oyo e
outras autoridades tradicionais. Durante esta missão, o rei tomou conhecimento
de que os terreiros de candomblé da Bahia, responsáveis pela preservação da
cultura ioruba no Brasil, são atualmente reconhecidos pelas autoridades
brasileiras como patrimônio nacional.
Com vistas à criação de mecanismos semelhantes de proteção,
que salvaguardem a cultura
material e imaterial da antiga cidade de Oyo, S.M.I. Alaafin Oyo aceitou realizar uma missão cultural ao Brasil para visitar os terreiros da Bahia a convite das casas de tradição iorubá tombadas como patrimônio nacional que se uniram para este fim.
material e imaterial da antiga cidade de Oyo, S.M.I. Alaafin Oyo aceitou realizar uma missão cultural ao Brasil para visitar os terreiros da Bahia a convite das casas de tradição iorubá tombadas como patrimônio nacional que se uniram para este fim.
Esta viagem à África foi reveladora também por ter
evidenciado o perigo que corre o patrimônio cultural tradicional de Oyo.
Buscando apoiar o S.M.I. Alaafin Oyo na preservação deste patrimônio tão
importante para as comunidades tradicionais de matriz africana no Brasil foi
elaborada, em colaboração com a Fundação Cultural Paula Gomes, uma nota
introdutória sobre a salvaguarda e proteção da Cidade de Oyo – “Xangô-Oyo:
Patrimônio Internacional em Perigo de Extinção”. A finalidade desta nota é
alertar os organismos internacionais e as autoridades nacionais da Nigéria e
dos países da diáspora ioruba para o valor excepcional universal deste
patrimônio e o seu preocupante estado de deterioração.
Apesar do trabalho de preservação, já realizado pela
Fundação Cultural Paula Gomes, não existe um instrumento legal que garanta a
salvaguarda deste patrimônio.