Ilé Àse Iyá Nassó Okà (Casa Branca do Engenho Velho)
O Ilê Axé Iyá Nassô Oká, também conhecido como Terreiro da Casa Branca, em Salvdor-Bahia-Brasil, é considerado a mãe de todas as casas de axé, o mais antigo do Brasil. “O Candomblé do Engenho Velho deu, de uma forma ou de outra, nascimento a todos os demais e foi o primeiro a funcionar regularmente na Bahia” (CARNEIRO, 1948, p. 48).
O templo religioso foi implantado, onde permanece até hoje na Avenida Vasco da Gama, na década de 1850. Ele teve origem entre 1804 e 1807 em terreno situado atrás da Igreja da Barroquinha. Foi fundado pela comunidade nagô na Bahia que se organizava desde o final do século XVIII. No ano de 1811 um salão construído na Rua da Barroquinha marcou definitivamente a instalação do Candomblé que por estar situada naquela área da cidade foi denominado de Candomblé da Barroquinha.
Durante anos, o terreiro funcionou na
Barroquinha e foi alvo de invasões e repressão das forças policiais da
província. A urbanização da área na Barroquinha obrigou a saída definitiva do ilê axé daquele ambiente. O Terreiro
teria sido transferido para locais como o bairro do Calabar até ficar
definitivamente no Engenho Velho da Federação (SILVEIRA, 2006, p. 529 -530). Foi fundado pela yalorixá Iyá Nassô Oká, que também é saudada
entre os iniciados como Iyá Nassô Oió Acalá Magbô Olodumaré. Ela é apontada
como uma das responsáveis pela reorganização do Terreiro da Barroquinha e do
culto a Xangô segundo os preceitos da
casa real de Oyó.
Ilé Àse Opo Àfonjá
O Ilê Axé Opô Afonjá, Casa de Força Sustentada por Afonjá, é um Terreiro de Candomblé fundado por Eugênia Ana dos Santos, conhecida por Mãe Aninha, em 1910, na Rua Direta Depois de Mãe Aninha vieram, Maria da Purificação Lopes, Mãe Bada de Oxalá, Olufan Deiyi que teve seu legado de 1939 a 1941. Em seguida, Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora, Oxum Muiwà que reinou de 1942 a 1967. Ondina Valéria Pimentel, Mãe Ondina ou Mãezinha, Iwin Tonã foi a quarta Yalorixá a sentar no trono do Opô Afonjá. Ela reinou de 1969 a 1975.
No ano de 1976, os búzios apontaram Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, Odé Kayode, como a sucessora de Mãezinha. Hoje aos 89 anos, Mãe Stella sustenta e eterniza o legado de Mãe Aninha. Tombado em 28 de julho de 2000 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. O terreiro do Axé Opô Afonjá dispõe de um museu, uma biblioteca, a Casa do Alaká (tecelagem) e uma escola municipalizada, cujo nome é o da fundadora, dentre outras atividades culturais baseado na tradição ioruba.
O Ilé
Iyá Omi Àse Iyamasé, conhecido popularmente como Gantois
foi fundado em 1849, pela africana Maria Júlia da Conceição Nazareth,
constituindo-se num espaço sagrado de longa expressão religiosa e notável
santuário que mantém os costumes e os legados milenares dos povos Iorubá (Abeokutá),
preservando o culto aos Orixás, seguindo uma
tradição matriarcal, seguindo os critérios de hereditariedade e
consanguineidade.
O
espaço da comunidade-terreiro fica numa área alta, cercada por um
bosque de
difícil acesso, com construções de usos religiosos e sociais, tenda a natureza
como parte fundamental dessa estrutura e expressão do sagrado, além dos
compartimentos domésticos e da área externa que engloba o entorno.
O
Terreiro do Gantois é um elemento de preservação e perpetuação da memória e tradição
cultural da Bahia e do Brasil. Por isso, foi considerado Área de Proteção
Cultural e Paisagística pela Prefeitura Municipal de Salvador, através da lei
nº 3.590 de 16/12/1985, e tombado pelo IPHAN como Patrimônio Histórico e
Etnográfico do Brasil, portaria nº 683 de 17/12/2002.
Ilé Maroialaji (Terreiro Alaketu)
Hoje, soberanamente,
reina no Alaketu, Mãe Jojó, uma Iyalorixá destemida e que luta pela preservação
e manutenção do legado deixado por sua mãe. Primando sempre pelo sagrado e conservação
do culto nos protocolos dos Arôs.
“Enquanto isso o Alaketu, desde a década de 1810, já
havia encontrado seu lugar na estrada do Matatu Grande, onde se estabeleceu
para durar séculos.” (Afro-Ásia – Centro de Estudos Afro-Orientais FFCH 2003).
O Terreiro do Alaketu ou Ilê Maroialaji Alaketu, Iyalorixá Olga de Alaketu, localizado à Rua Luiz Anselmo, 67 – Matatu, foi fundado em Salvador, Brasil, em 1636. Existem ainda todos os documentos. As primeiras donas do Alaketu eram gémeas e foram capturadas na beira do rio de Minas Santé, que eram fundos do reinado do Ketu. Vieram para o Brasil não como escravas e ali foram criadas até a idade de dezesseis anos, quando voltaram para a África. Casaram com 22 anos de idade e voltaram para o Brasil abrindo então o Terreiro do Alaketu no dia 8 de Maio de 1616. Mãe Olga era filha de Dionísia Francisca Régis, descendente de Otampê Ojarô, herdeira da linhagem real africana Arô, do antigo reino de Ketu, ex-Daomé, hoje área do Benin, na África Ocidental.
O Terreiro do Alaketu ou Ilê Maroialaji Alaketu, Iyalorixá Olga de Alaketu, localizado à Rua Luiz Anselmo, 67 – Matatu, foi fundado em Salvador, Brasil, em 1636. Existem ainda todos os documentos. As primeiras donas do Alaketu eram gémeas e foram capturadas na beira do rio de Minas Santé, que eram fundos do reinado do Ketu. Vieram para o Brasil não como escravas e ali foram criadas até a idade de dezesseis anos, quando voltaram para a África. Casaram com 22 anos de idade e voltaram para o Brasil abrindo então o Terreiro do Alaketu no dia 8 de Maio de 1616. Mãe Olga era filha de Dionísia Francisca Régis, descendente de Otampê Ojarô, herdeira da linhagem real africana Arô, do antigo reino de Ketu, ex-Daomé, hoje área do Benin, na África Ocidental.
O Ilé Osùmàré Aràkà Àse Ògòdó
O Ilé Osùmàré Aràkà Àse Ògòdó, conhecido como Casa de Oxumarê, é um dos mais antigos
A história da Casa de Oxumarê remete à formação do candomblé no Brasil. Sua origem remonta ao início do século XIX e foi marcada pela luta e resistência de africanos escravizados que, obrigados a abandonarem suas terras e laços familiares, não renunciaram a sua cultura e fé.
Em 15 de abril de 2002, a
Fundação Cultural Palmares reconheceu a Casa de Oxumarê como território
cultural afro-brasileiro, atestando sua permanente contribuição pela
preservação da história dos povos africanos no Brasil. Dois anos depois, em 15
de dezembro de 2004, foi registrado em livro de tombo do Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – IPAC como patrimônio material e
imaterial do Estado. Em 2014, foi também reconhecida como patrimônio nacional
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Sob a liderança do Babalorixá
Sivanilton Encarnação da Mata, além de desenvolver suas atividades religiosas,
a Casa de Oxumarê também é ativamente engajada em projetos sociais e culturais,
que contribuem para o desenvolvimento social, para o respeito inter-religioso e
para a valorização do legado cultural afro-brasileiro.